segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Como estou...

Olá, há quanto tempo! Cinco anos se passaram desde minha ultima postagem, e junto com os anos, muitas alegrias e muitos desastres emocionais também, porém, cá estou, vivíssima!

Dei uma lida por cima das postagens antigas, e cada uma vivenciei um episódio diferente em minha vida. Pensei em apagar e recomeçar, mas estou tentando lidar com meus impulsos emocionais, tentando lidar com meu passado, com meus erros e acertos, e para isso tenho que encarar a Camilla que eu fui um dia, para finalmente tentar moldar quem eu quero ser hoje e quem serei amanhã, então, negar quem eu fui vai de contra tudo o que pretendo construir daqui pra frente.

O que quero com essa postagem de hoje, é dar um pontapé inicial  para o recomeço da escrita e desse blog, no qual me ajudou muito nos momentos de angústia e hoje pretendo que me ajude rumo ao auto conhecimento. Tá booommm, minha terapeuta insistiu que eu recomeçasse a escrever, e quando eu voltar à terapia, já retornarei com minhas historias atualizadas!

O que posso dizer de novo? Meus filhos estão crescendo cada vez mais rápido e com eles as necessidades psicológicas e materiais também (sim, a teoria de que piora a cada dia é verdadeira). Acho que meu marido e eu descobrimos a fórmula de viver um bom casamento (com enormes tropeços ainda, lógico, porque não somos máquinas), onde sinto paz e sei que estamos construindo um lar e não somente uma casa. Lado profissional relativamente sólido, e finalmente, depois de 16 anos enfurnada em faculdades, vou concluir a tão sonhada formatura!
Aí você me pergunta: nossa, então você tá ótima, porque tudo tá fluindo bem! Respondo: não, não estou.

É aí onde o bicho pega e me sinto culpada por me sentir ingrata com todas as bençãos que recebo diariamente. É aí que percebo que talvez não seja tão merecedora de ter uma família linda, um ótimo emprego, pais vivos e presentes, família que demonstra carinho, amor e afeto. Às vezes sinto que os que me rodeiam mereciam coisa melhor, e mais que isso, sinto que atraso e atrapalho muita gente.

Tenho muito a melhorar, não há dúvidas, e me esforço diariamente nisso, mas tem vezes que simplesmente não dá e a vontade é de pedir desculpas por ser um fardo e sumir do mapa por um tempo, e depois que o sol brilhar novamente, voltar como se nada tivesse acontecido e recomeçar a rotina normalmente, na luta, na batalha, nos estudos, enquanto mãe, profissional e esposa.
Seria possível? Tem dias que a gente só quer se isolar e fugir... não quer dizer que eu não ame ou não me importe (apesar de que às vezes realmente não me importe mesmo).

Meu ânimo tá indo embora... esperanças, forças, sentido, tudo está deslizando entre meus dedos e sinto uma necessidade enorme de não me deixar ir, de não me perder pelo caminho. 
Preciso me reencontrar, preciso me amar, preciso sonhar de novo.
Acredito que esse seja o caminho... reconhecer que algo tá errado e trabalhar isso.

Tenho muito mais a falar, mas fica pra outra hora. Vou me deitar.
Boa noite seja lá pra quem for, e até logo.