quinta-feira, 26 de julho de 2012

A Borboleta e o Cavalinho






Quantas vezes amamos tanto alguém e essa pessoa não tem nada mais a oferecer do que coices, mas mesmo assim persistimos e um dia as feridas causadas por aqueles a quem mais admiramos, não mais cicatrizarão e acabamos morrendo um pouco por causa deles? E o contrário? Porque temos a incrível capacidade de sermos gentis e amáveis com quem não conhecemos, enquanto apedrejamos aqueles que mais amamos?

Essa é a história da Borboleta e do Cavalinho... Vale muito a pena ler e refletir! 




Esta é a história de duas criaturas de Deus, que viviam numa distante floresta , há muitos anos atrás.
Na verdade, não tinham praticamente nada em comum, mas em certo momento de suas vidas, aproximaram-se e criaram um elo.
A borboleta era livre, voava por todos os cantos da floresta, enfeitando a paisagem. Já o cavalinho, tinha grandes limitações, não era bicho solto que pudesse viver entregue a natureza. Nele, certa vez, foi colocado um cabresto por alguém que visitou a floresta, e a partir daí sua liberdade foi cerceada.
A borboleta no entanto, embora tivesse a amizade de muitos outros animais e a liberdade de voar por toda a floresta, gostava de fazer companhia ao cavalinho, agradava-lhe ficar ao seu lado e não era por pena, era por companheirismo, afeição, dedicação e carinho.
Assim, todos os dias, ia visitá-lo e lá chegando levava sempre um coice, depois então um sorriso.
Entre um e outro, ela optava por esquecer o coice e guardar dentro de seu coração, o sorriso.
Sempre o cavalinho insistia com a borboleta que lhe ajudasse a carregar o seu cabresto, por causa do seu enorme peso. Ela, muito carinhosamente, tentava de todas as formas ajudá-lo, mas isso nem sempre era possível, por ser ela uma criaturinha tão frágil.
Os anos se passaram e numa manhã de verão a borboleta não apareceu para visitar o seu companheiro. Ele nem percebeu, preocupado que ainda estava em se livrar do cabresto.
Vieram outras manhãs, até que chegou o inverno e o cavalinho sentiu-se só e finalmente percebeu a ausência da borboleta.
Resolveu então, sair do seu canto e procurar por ela. Caminhou por toda a floresta a observar cada cantinho, onde ela poderia ter se escondido e não a encontrou. Cansado deitou-se embaixo de uma árvore. Logo em seguida, um elefante se aproximou e lhe perguntou quem era ele e o que fazia por alí.
- Eu sou o cavalinho do cabresto e estou a procura de uma borboleta que sumiu.
- Ah, é você então, o famoso cavalinho?
- Famoso, eu?
- É que eu tive uma grande amiga que me disse que também era sua amiga, e falava muito bem de você. Mas afinal, qual borboleta você está procurando?
- É uma borboleta colorida, alegre, que sobrevoava a floresta todos os dias visitando todos os animais amigos.
- Nossa, mas era justamente dela que eu estava falando. Não ficou sabendo?
Ela morreu e já faz muito tempo.
- Morreu? Como foi isso?
- Dizem que ela conhecia aqui na floresta um cavalinho, assim como você e todos os dias quando ela ia visitá-lo, ele dava-lhe um coice.
Ela sempre voltava com marcas horríveis e todos perguntavam a ela quem havia feito aquilo, mas ela jamais contou à ninguém.Insistíamos muito para saber quem era o autor daquela malvadeza e ela respondia que só ia falar das visitas boas que tinha feito naquela manhã e era aí que ela falava com a maior alegria de você.
Nesse momento o cavalinho já estava derramando muitas lágrimas de tristeza e de arrependimento.
- Não chore meu amigo, sei o quanto você deve estar sofrendo. Ela sempre me disse que você era um grande amigo, mas entenda, foram tantos os coices que ela recebeu desse outro cavalinho, que ela acabou perdendo as asinhas, depois ficou muito doente, triste, sucumbiu e morreu.
- E ela não mandou me chamar nos seus últimos dias?
- Não, todos os animais da floresta quiseram lhe avisar, mas ela disse o seguinte:
" Não perturbem meu amigo com coisas pequenas, ele tem um grande problema, que eu nunca pude ajudá-lo a resolver. Carrega em seu dorso um cabresto, então será cansativo demais para ele vir até aqui."

Você pode até aceitar os coices que lhe derem, quando eles vierem acompanhados de beijos, mas em algum momento da sua vida, as feridas que eles vão lhe causar, não serão mais possíveis de serem cicatrizadas.
Quanto ao cabresto, não culpe ninguém por isto, afinal, muitas vezes foi você mesmo que o colocou no seu dorso, ou permitiu que fosse colocado.







Pois é... é bom lembrar de nunca colocar a culpa em alguém pelo fardo que é seu. Como diz o texto, que é a realidade, muitas vezes foi VOCÊ MESMO quem colocou o fardo ou permitiu que fosse colocado. Não machuque alguém que só quer ajudar, estar ao seu lado e te fazer bem. 
Escolhas, e consequências... essa é a ordem!

Fiquem com Deus...


quarta-feira, 4 de julho de 2012

Pequeno Desabafo





Bom, tenho muita coisa para falar aqui. Já que não posso expressar, gritar, esculhambar e soltar os cachorros, sei que aqui posso fazer o que eu bem entender. Posso ser EU completamente, sem precisar esconder sentimentos, sem precisar esconder as dores que carrego ou raivas que tenho de algumas pessoas, verdadeiros sugadores de energia, sem precisar esconder meus amores e minhas esperanças. Aqui, sou a verdadeira Camilla Mariana, não a mãe, a mulher, a filha, a amiga, nem a irmã, aqui posso ser todas e ser eu mesma, sem uma linha a seguir, aliás, seguindo sim, a do meu coração e dos meus sentimentos, somente.

Muitas coisas aconteceram em minha vida ultimamente, com essas coisas, eu me vi perdida em sensações de medo, cautela, espanto. Coisas inesperadas, de certa forma, "impossíveis" surgiram em minha vida. Do nada, o universo ao meu redor mudou, me trazendo novas surpresas que de fato mudaram completamente meu rumo. E porque não dizer que de fato também, me trouxeram de volta à "vida"? Serei mal interpretada e com razão, mas não tenho nenhum medo em dizer que sim, voltei realmente a viver.

Deus tem uma forma maravilhosa de nos ensinar como seguir certos caminhos e de como enfrentar certas situações. Uma coisa tão simples, como "espere..". Eu não esperei. Eu soltei, me livrei, deixei voar, já que não era feliz comigo que fosse com alguém, mas que fosse feliz e já era hora de eu ser feliz também.

Sabe o que eu acho legal disso tudo? Sabe o que respondo quando me perguntam se é isso mesmo, se estou certa do que quero? Respondo, sem nenhuma dor, que acredito sim, que tenho fé de que as coisas se ajeitem. Sabe porque? Porque nunca precisei passar por cima de ninguém pra conseguir algo em minha vida. Nunca precisei humilhar alguém pra me sentir forte. Nunca precisei provar pra ninguém que sou melhor, que penso melhor, que faço melhor, porque não sou e nunca fui melhor que ninguém. Nunca precisei me submeter a baixaria pra provar alguma certeza interna minha e nunca precisei também, esquecer do sofrimento de outras pessoas sem me importar, pensando somente em minha felicidade e olhando somente para meu próprio umbigo.

E sabe o que mais? Acredito simplesmente, como diz Caio F, porque minha força vem de dentro e é do bem. E nisso acredito até o fim.

Não sou santa, não sou boazinha, não sou foda, e talvez eu nem seja merecedora de tantas graças em minha vida. Mas sou honesta. Sempre fui. Fui honesta em minhas dores, fui honesta em minhas revoltas e sou honesta hoje em minhas decisões. Não preciso temer minha consciência, porque ela hoje, não me faz medo algum. Os erros cometidos foram aprendidos. Não quero aqui ser hipócrita, nem contar vantagem, muito menos "cantar vitória" porque minha vida não é um jogo, muito menos a vida dos meus filhos. Estou aqui como uma pessoa que sofreu muito, sentiu cada parte do corpo, cada órgão, cada célula se despedaçar de dor, mas que independente de resultados conseguiu se levantar e provar pra si mesma que é infinitamente mais forte do que imaginava. E essa força vem de Deus que habita em mim. Sou humana, não sou perfeita, mas sei quem sou e me surpreendo cada dia ao ver do que realmente sou capaz.

Não gosto de gente ruim, e tenho pavor de quem gosta. Mas sei que por mais que saibamos que não se deve fazer com alguém o que não gostaríamos que fizessem com a gente, acabamos nos corrompendo por situações adversas que envolvem sentimentos, inclusive mágoas. Uma mulher magoada vale mais que três leões soltos morrendo de fome. Eu senti isso, passei por isso, e talvez ainda passe, sei lá. Só sei que independente do que achem de mim, independente do que desejem a mim, sabe de uma coisa? Eu sou MUITO MAIOR que isso tudo. Meus planos são MUITO MAIORES que isso tudo.

E outra, eu sou MULHER... indo, voltando e com três bondes na frente, eu sou mulher. Que sofreu, que amou, que se humilhou, que se arrependeu, que se esgotou, que chorou, que se revoltou, mas que aprendeu e não perdeu, apesar de tudo, a capacidade de amar e perdoar.

E sinceramente, como já disse que não sou boazinha, desejo do fundo do meu coração, de corpo e alma, a quem me deseja mal e torce pela minha infelicidade: vai tomar no seu cuzinho, e foda-se para o que pensam de mim.