segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Estou cansada...




... de não conseguir ser nem de perto uma pessoa carinhosa, que saiba dizer as palavras certas em momentos certos, de não conseguir dar um longo abraço quando as palavras são dispensáveis.
... de segurar a lágrima de dor, mesmo quando ela me corta a alma como uma navalha e ainda assim conseguir manter um sorriso no rosto enquanto minhas carnes gritam e minha pele queima.
... de por vezes nem conseguir sorrir enquanto todos dão gargalhadas. De ficar no meu mundinho olhando para o nada, pensando em quem menos deveria ocupar meus pensamentos. E quando alguém perguntar, eu responder: nada. Se por dentro estou morrendo de vontade de falar por horas e horas sobre o assunto que tanto me perturba.
... de sempre esquecer o que me fizeram. De sempre perdoar setecentas e quarenta e quatro vezes as mesmas pessoas, os mesmos motivos, sempre em busca de uma realização só minha, que por vezes nem eu sei se quero.
... de nunca saber dizer não quando se é preciso. De nunca rejeitar migalhas, de sempre parecer uma cachorrinha disposta a tudo. De não saber me valorizar como mulher diante de determinadas pessoas que sugam meu amor próprio.
... de ser encarada na rua como a mãe solteira. A mulher que foi abandonada pelo marido que tem que andar na linha, com um terço nas mãos e viver exclusivamente para os filhos e para o trabalho, senão é chamada de puta e de irresponsável. Como se fosse dado a ela o direito de escolha. Como se o fato dela ser gente também, ter sentimentos e necessidades, fosse algo nulo que não faz mais parte da vida dela de agora em diante.
... de tentar agradar aqueles que nunca se preocuparam comigo, ou se importaram em saber se estavam me agradando.
... de buscar em cada gesto, em cada sorriso, em cada palavra pronunciada a minha salvação, a minha tão procurada resposta para minhas mais insanas perguntas sobre os meus desvios de humor, de amor, de crises existenciais e familiares.
... de ser simpática demais com quem não devo muitas vezes e derrubar os que amo com uma grosseria.
... de engasgar e sucumbir à ira quando vejo pessoas hipócritas, ingratas, vampiros que sugam o bem estar usando da falta de respeito ao sentimento alheio se não posso fazer absolutamente nada. Se só posso rezar, pedir força e muita luz, porque sei que cada sofrimento não é em vão, porque ou eu estou acertando minhas contas, ou um dia quem acertarão as contas são elas.
... de tentar acertar sempre, e só fazer merda.
... de todos os meus planos furarem.
... de sempre esperar o melhor de todo mundo, achando que terei colo quando na verdade a surpresa da decepção é inevitável.
... de morrer de tristeza, raiva e frustração, quando não falo tudo o que queria dizer. A sensação deve ser pior que um soco na boca do estômago.
... de sempre ser deixada pra trás nos piores momentos da minha vida.
... de ser quem eu sou. De me importar demais, de sofrer demais, de reclamar demais, de pirar demais, de ser intensa demais. De ter a necessidade de me sentir amada, cuidada, protegida. De receber aquele abraço apertado naquele dia difícil, um beijo na testa e ouvir: vai ficar tudo bem, estou com você.

E acho que também estou cansada de idealizar demais...

Foda-se. Se sonhar com um cara que diga que adora estar comigo, que adora fazer nada comigo, que é feliz quando está ao meu lado, se querer um cara assim for loucura, não tenho remédio pra esse mal. Cansada de buscar o impossível de quem não tem nada a me oferecer. Quero verdades, sinceridades, atitudes, cansei de palavras. Maldito coração. Idiota, burro, sofredor e estúpido. Quantos tapas ainda seriam necessários pra você perceber que é um tudo um jogo e que você seria o único a perder e sair machucado?... Cansada de priorizar a quem me trata como uma opção.


Na verdade é tudo uma questão de TPM passageira... estarei bem melhor amanhã... Que Deus me ajude!

Nenhum comentário:

Postar um comentário